Brasileiros ficaram em segundo lugar no individual geral masculino e feminino. Neste ano, investimentos do Governo Federal diretamente nos dois atletas chegam a R$ 156 mi
Os ginastas mais completos das Américas se consagraram nesta segunda (23), nas provas do individual geral masculino e feminino da ginástica artística no Pan-Americano 2023. Dentre as mulheres, Flávia Saraiva conquistou a prata, assim como Diogo Soares no masculino.
Flavinha somou 54.565 e levou o merecido segundo lugar do pódio. Ela agradeceu à torcida brasileira que compareceu em peso ao Centro de Deportes Coletivos, em Santiago. “Essa medalha é para o Brasil e para todos que apoiam a ginástica. É resultado de um trabalho em equipe e eu estou muito feliz. E vamos lá, porque tem mais finais e mais Brasil pela frente”, disse ela, que compete ainda nas finais das barras assimétricas, do solo e da trave.
Já Diogo somou a nota de 81.865 nos seis aparelhos e ficou com o segundo lugar da competição. No sábado (21), ele já havia garantido a prata por equipes. Diogo superou seu resultado no Mundial de Ginástica Artística 2023, em que ficou no top 10. “Eu estou muito feliz porque a gente veio trabalhando duro para essa medalha, para ter uma boa competição e essa medalha representa isso, representa um trabalho que deu certo”.
Os dois ginastas são contemplados pelo Bolsa Atleta na categoria pódio. Juntos, representam um investimento de R$ 156 mil do Governo Federal neste ano. No total das ginásticas, são 22 atletas que participam do programa.
Brasileiros na competição
Arthur Nory, bronze nas Olimpiadas do Rio em 2016 no solo e prata por equipes no Pan de Lima 2019, é bolsista pódio. Ele não conquistou seu objetivo no Pan. Nory teve quedas importantes nas paralelas e ficou em nono lugar na competição, sem conseguir a vaga olímpica para Paris 2024.
“Fazer individual geral não é fácil, os seis aparelhos, mas eu fui dedicado, fui entregue para fazer o meu melhor. É uma prova bem desgastante. Mas faz parte, ginástica é um momento, é dia. Hoje não deu, mas a gente vai buscar essa vaga nas Copas do mundo a partir de fevereiro”, concluiu.
Jade Barbosa, atleta mais experiente da equipe, participa do Pan de Santiago 16 anos após a sua estreia nos Jogos. Na competição de 2007, ela foi medalha de ouro no salto. No individual geral de hoje, ela fez 53.333, ficando com a quarta posição. No domingo (22), ela já havia conquistado a prata por equipes ao lado das brasileiras.
“Fisicamente, eu me sentia bem, mas acho que para o atleta, depois de alguns ciclos e algumas lesões duras, a gente precisa virar uma outra chave, de sentir que você pode. Estou muito feliz pela Flavinha, na ginástica a gente é família. E o Pan é muito importante para gente, porque tem toda uma estrutura olímpica, então o resultado é muito positivo”, disse.
