O administrador de empresas Fernando Trabach Filho destaca a relevância estratégica do agronegócio no avanço das fontes de energia renovável no Brasil. Em um setor cada vez mais tecnológico e eficiente, produtores rurais têm investido em soluções sustentáveis não só para reduzir custos, mas também para diversificar receitas e aumentar sua competitividade no mercado. Energia solar, biomassa e biogás já fazem parte do cotidiano em muitas propriedades.
A combinação entre disponibilidade de área, resíduos orgânicos e alta incidência solar transforma o campo em um ambiente favorável para a geração energética. Esse protagonismo do agronegócio é fundamental para acelerar a transição energética brasileira, já que boa parte do potencial renovável do país está justamente em regiões agrícolas e pecuárias.
Como o campo está aproveitando o potencial das energias renováveis?
Produtores rurais têm adotado painéis solares para abastecimento das próprias fazendas, reduzindo sua dependência da rede elétrica convencional. Sistemas de geração distribuída permitem o compartilhamento do excedente energético, criando uma fonte extra de renda. Fernando Trabach Filho explica que o retorno sobre o investimento em energia solar tem sido cada vez mais atrativo, especialmente em regiões com tarifas elevadas de energia.
O uso de resíduos agroindustriais para geração de biomassa e biogás tem ganhado destaque, de forma que dejetos de animais, restos de colheitas e subprodutos de agroindústrias são reaproveitados como fonte de energia térmica e elétrica. Isso não só reduz o impacto ambiental das atividades, como também transforma passivos em ativos energéticos.

Quais os benefícios econômicos e ambientais dessa integração?
A adoção de energias renováveis traz vantagens diretas ao produtor, como a redução de custos operacionais, a previsibilidade nas despesas com energia e a valorização das propriedades. Fernando Trabach Filho enfatiza que, ao gerar a própria energia, o agronegócio ganha maior independência, protege-se contra oscilações do mercado e torna-se mais eficiente no uso de recursos naturais.
Do ponto de vista ambiental, o impacto positivo é ainda mais amplo. O aproveitamento de resíduos reduz emissões de gases de efeito estufa e colabora com metas globais de sustentabilidade. O uso de fontes limpas também evita a sobrecarga da rede elétrica em períodos de pico, contribuindo com o equilíbrio do sistema energético nacional. O agronegócio, assim, deixa de ser apenas consumidor para se tornar agente ativo na solução energética do país.
O que falta para ampliar ainda mais esse papel?
Apesar dos avanços, há desafios estruturais que limitam uma adoção mais ampla. Fernando Trabach Filho ressalta que ações mais robustas e incentivos fiscais adequados são fundamentais para ampliar o alcance das energias renováveis no meio rural. Muitos produtores ainda desconhecem as possibilidades e os ganhos que a geração própria de energia pode proporcionar. Iniciativas de capacitação técnica e de cooperação entre o setor público e privado podem acelerar essa transformação. O agronegócio brasileiro tem o potencial de ser protagonista global na produção de alimentos e também na geração de energia limpa.
Contribuições para um futuro sustentável
O engajamento do agronegócio é decisivo para que o Brasil consolide sua posição de liderança mundial em energias renováveis. O setor já demonstra que é possível unir produtividade, inovação e sustentabilidade. À medida que mais propriedades aderem a modelos energéticos sustentáveis, o impacto positivo se espalha por toda a cadeia produtiva e contribui para a construção de um sistema energético mais descentralizado, eficiente e limpo. O administrador de empresas Fernando Trabach Filho conclui que, a expansão das fontes renováveis no Brasil passa, inevitavelmente, pela força do agronegócio e por sua capacidade de adaptação e inovação.
Autor: Nilokole Zakharova