A logística no campo está diretamente ligada à qualidade das estradas e da infraestrutura de deslocamento, e, segundo Aldo Vendramin empresário e fundador, a mobilidade urbana rural é um dos fatores mais determinantes para a competitividade do agronegócio e o desenvolvimento social das comunidades agrícolas. Apesar de representar grande parte do território nacional e participar de forma expressiva no PIB brasileiro, a zona rural ainda convive com restrições de acesso, vias deterioradas e desafios que afetam produção, segurança e qualidade de vida.
Mas como essa mobilidade influência diretamente a logística e os mercados do Brasil? Venha compreender como a mobilidade rural impacta a logística, o escoamento de produção, o transporte escolar e a conectividade entre campo e cidade, tudo isso no artigo a seguir!
Quando a estrada define o resultado da safra
A mobilidade rural é o ponto de partida para qualquer operação no campo. Desde o transporte de insumos até a chegada dos grãos nos armazéns, cada quilômetro percorrido reflete tempo, custo e riscos. Quando o produtor enfrenta estradas esburacadas, pontes que não suportam o peso dos caminhões ou rotas que se tornam intransitáveis em períodos de chuva, há impactos diretos em produtividade e competitividade.

Tal como apresenta o senhor Aldo Vendramin, o problema vai além da economia: ele se traduz em limitações sociais. O transporte escolar depende das mesmas estradas que levam colheitadeiras e caminhões. O acesso a postos de saúde, mercados, bancos e serviços essenciais torna-se mais demorado, mais caro ou até inviável em determinadas épocas do ano. A estrada mal planejada ou abandonada cria isolamento, afasta investimentos e diminui oportunidades.
Logística e custos operacionais no agronegócio
O custo logístico é um dos componentes mais altos da composição do preço final dos produtos agrícolas. Em alguns casos, ele supera o custo de produção, tornando o negócio menos competitivo frente a países que possuem infraestrutura integrada entre rodovias, ferrovias e hidrovias.
A falta de planejamento logístico retarda o transporte da produção, reduz o tempo de qualidade dos grãos e pode gerar perdas na classificação comercial, explica Aldo Vendramin. A deterioração de estradas encurta a vida útil de máquinas, eleva gastos com manutenção e aumenta o consumo de combustível. Assim, mobilidade rural não é apenas um tema de infraestrutura: é uma questão econômica.
A preservação da estrada não deve ser vista como responsabilidade isolada do poder público ou apenas do produtor, exige modelos colaborativos, diálogo entre municípios, governos estaduais, associações, cooperativas e setor privado, com planos de manutenção contínua e investimento em soluções de longo prazo.
Mudanças climáticas e impacto no deslocamento
As mudanças climáticas acentuaram a imprevisibilidade das chuvas, o excesso de calor e a alteração de períodos historicamente estáveis. Para o campo, isso significa rotas comprometidas, erosões mais frequentes e terrenos menos resistentes às intempéries. Conforme destaca o senhor Aldo Vendramin, a mobilidade rural precisa ser pensada com engenharia, geotecnologia e capacidade de adaptação às variações climáticas.
Estradas revestidas com materiais inadequados ou construídas sem estudo de solo perdem vida útil rapidamente. Sistemas de drenagem insuficientes tornam a via intransitável em poucas horas de chuva. A falta de planejamento urbano rural transforma pequenas falhas em grandes prejuízos. Investir em infraestrutura resiliente é garantir tempo, segurança e continuidade operacional.
Mobilidade, conectividade e oportunidades
A mobilidade rural não se limita ao transporte físico. A conectividade digital passou a ser componente essencial da vida no campo. Sem internet estável, o produtor perde acesso a plataformas de gestão, previsões climáticas, rastreamento de logística, suporte técnico remoto e tecnologias de precisão.
Aldo Vendramin evidencia que mobilidade e conectividade formam o eixo para que a propriedade rural seja moderna, eficiente e interligada. O transporte leva a produção, a conexão leva a informação, e ambos são indispensáveis para a competitividade.
Com estradas seguras e internet de qualidade, o campo se integra ao mundo. Jovens têm mais oportunidades de estudo e trabalho, pequenas empresas rurais encontram clientes em outros estados; serviços chegam com mais agilidade; e a economia local se fortalece ao circular com menos barreiras.
Um futuro que se constrói passo a passo
Melhorar a mobilidade urbana rural não é um projeto simples, barato ou imediato. Exige planejamento, manutenção constante e visão de longo prazo. Porém, investir em estradas adequadas e em conectividade significa criar condições para que o agronegócio continue a crescer, para que as comunidades rurais tenham mais qualidade de vida e para que o país reduza desigualdades regionais.
Tal como considera o senhor Aldo Vendramin, mobilidade rural é desenvolvimento. É a ponte entre a zona produtiva e o mercado consumidor, entre a escola e o futuro, entre o isolamento e a oportunidade. Ao colocar essa pauta no centro das decisões estratégicas, o Brasil dá um passo para consolidar seu papel como referência mundial em produção, inovação e inclusão no campo.
Autor: Nilokole Zakharova
